Nesta quarta feira, no estádio de Wembley, na Inglaterra, Argentina e Itália disputaram a Finalíssima, partida que envolve os campeões da Copa América e Eurocopa, respectivamente.
Essa é a terceira edição. A primeira foi em 1983, em Paris e a seleção da França ganhou do Uruguai por 2 a 0. Já em 1993, a partida foi realizada em Mar Del Plata, na Argentina. Os argentinos venceram a Dinamarca por 5 a 4 nos pênaltis, após o empate de 1 a 1 no tempo normal.
A Argentina, além da conquista da Copa América, classificou-se à Copa do Mundo do Qatar, diferentemente da Itália. Após conquistar o torneio de Seleções da Europa, a “Squadra Azurra” foi derrotada pela Macedônia do Norte nas eliminatórias europeias.
Quem achava ser um amistoso oficial apenas, se enganou. A partida começou com uma intensidade muito grande e a Argentina não deixava a Itália articular nenhuma jogada. Mas quem chegou a assustar primeiramente, foi a Itália. Aos 11 minutos, Raspadori fez Emiliano Martinez defender sem muitas dificuldades. Belotti, nove minutos depois, cabeceou e o goleiro da Argentina fez uma boa defesa, quase sendo encoberto.
Aos 27 minutos, gol da Argentina. Depois de receber a bola de Lo Celso, Leonel Messi conduziu a bola pela esquerda e cruzou rasteiro para Lautaro Martinez tocar sem dificuldades às redes de Donnarumma. O time argentino comemorou a abertura do marcador e todos os jogadores correram para abraçar Messi.
A Itália quase empatou dois minutos depois. Barella chutou de fora da área e Emiliano Martinez espalmou. Os italianos já demonstravam nervosismo. Bonucci subiu para disputar uma bola no alto com Messi e atingiu o rosto do argentino, sem querer. Recebeu o cartão amarelo e houve um princípio de confusão, que foi contido rapidamente pelo árbitro chileno Piero Maza.
Antes de acabar o primeiro tempo, os argentinos fizeram o segundo gol. Lautaro Martinez carregou a bola pela intermediária e lançou Di Maria. Chiellini acompanhava a jogada e não conseguiu interceptar o passe ao camisa 11,que tocou com cavadinha sobre o excelente goleiro Donnarumma. 2 a 0 e a superioridade da Argentina chegou a surpreender pela falta de reação do time italiano. A desclassificação da Copa do Qatar,talvez, seja um dos motivos dessa apatia.
Para o segundo tempo, a Itália fez 03 substituições e nela constava a saída de Chiellini. Era sua despedida da seleção italiana. No seu lugar entrou Lazzari. Além dessa alteração, Scamacca e Locatelli entraram nos lugares de Belotti e Bernardeschi. O panorama se repetiu.
A Argentina perdeu inúmeras chances de fazer um placar histórico em Wembley. E quem impediu essa goleada foi o excelente goleiro Donnarumma. Fez defesas difíceis e poucas vezes se viu a Itália longe de jogar o mínimo para diminuir a péssima impressão do primeiro tempo e da própria desclassificação da Copa.
A Itália, de fato, obteve uma chance de diminuir o placar aos 13 minutos. Locatelli chutou à meta de Emiliano Martinez. A bola foi desviada e o goleiro argentino defendeu sem maiores problemas. O resto da partida foi um passeio da Argentina.
Di Maria, Lo Celso, Messi, Julian Álvarez foram os jogadores que perderam as chances de aplicar uma goleada histórica sobre a Itália. Mas o gol de Dybala, aos 48 minutos do segundo tempo, foi a pá de cal. Messi tentou driblar na entrada da área e a zaga o travou. Dybala que acompanhava a jogada, trouxe a bola ao seu pé esquerdo e chutou rasteiro no canto de Donnarumma.
A Finalíssima foi conquistada pela Argentina, com sobras, comandada por Leonel Scaloni que mostra sua cara antes da Copa do Qatar. Lionel Messi ergue mais um troféu e a confiança em ter um papel principal na Copa do Mundo,,tão afastada em outras épocas, parece estar resgatada depois da Copa América e a Finalíssima.
UEFA e CONMEBOL confirmaram as duas próximas edições da Finalíssima para 2024 e 2028.
Foto: Peter Cziborra / Reuters